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escrito por Ana Sarmento e Acir Tolezani
segunda-feira, 9 de maio de 2016

This one's for you. (too)

Desde que te conheci, nunca mais consegui escrever essas coisas direito. Escritor tem dessas coisas de precisar estar mal pra ter inspiração, e tudo que você me faz é bem. Nunca pensei que fosse gostar tanto de passar tanto tempo sem escrever.

Desde que você chegou, mudou tanta coisa por aqui. Você me surpreende diariamente, me mostrando coisas novas, me ensinando que o mundo pode ser bem diferente daquilo que eu pensava. Você me faz ter vontade de mudar. De aprender. De me dedicar de verdade às coisas. Você me inspira a tentar ser uma versão melhor de mim, mesmo que eu fracasse ridiculamente várias vezes.

Desde que eu te vi pela primeira vez, já te vi tantas vezes. E cada uma delas é diferente. Cada uma delas dá aquele friozinho na barriga. Um brilho no olhar. Toda vez é uma alegria. É um quentinho no coração de olhar pra você e pensar no tamanho da sorte que eu tenho. Ter você me aquece. Me enobrece. Faz com que eu viva sem medo, porque no final do dia, eu tenho você. Tenho você pra me proteger do mundo, pra estar do meu lado, pra pegar na minha mão e me incentivar a ir sempre pra frente.

E você tem a mim. O que as vezes não é lá um bom negócio, que com certeza dá um bocado de dor de cabeça. Que te cansa, te irrita, mas te ama. Te ama tanto que às vezes nem acredita que dá pra amar tanto assim. E aí dói. Mas ama mais ainda.

Desde que eu cheguei por aí, espero ter conseguido fazer pelo menos um pouquinho do que você fez por mim, pra você.




quarta-feira, 17 de junho de 2015

Just for you.

Ei, você. É você mesmo. Todas essas palavras são suas.

Talvez você ainda não saiba que colocar palavras em um plano é o meu escape. Preferencialmente no papel, mas é que agora tá tarde e eu não quero ter que levantar da cama, então to escrevendo aqui mesmo. Outra coisa é que se eu escrever as coisas no papel, elas vão parar num lugar que eu costumo chamar de "folhas proibidas", lugar esse onde as palavras se acomodam e raramente são lidas.

Eu nunca escrevo pra alguém. Nem sobre alguém. Acho que isso já foi dito em algum lugar por aqui. Eu escrevo sobre coisas que não aconteceram fora da minha cabeça. Sobre pessoas que eu nunca conheci, ou que com o passar do tempo eu passei a não mais conhecer. Mas eu preciso escrever sobre você.

Talvez você não acredite, mas bastou uns poucos minutos pr'eu saber que queria você na minha vida. Pode até não ter parecido, eu às vezes ainda tenho essa mania de não deixar as pessoas verem o efeito que elas tem sobre mim, mas é verdade. Na metade do meu café, eu já sentia sua falta. A gente nem sabia quando ia embora, mas eu já queria ficar por muito mais tempo. É engraçado como essa sensação se tornou uma coisa tão frequente. Eu sinto a mesma coisa todas as vezes que estamos juntos.

Talvez você também não saiba, mas os momentos que eu escolho ficar quieta é pra apreciar as coisas que a gente está vivendo. Saborear mesmo. Aproveitar a maravilha que é poder ficar em silêncio sem ficar constrangida, a não obrigatoriedade de ter planos sempre traçados com perfeição, mas principalmente, pra poder gravar o máximo dos nossos momentos juntos na minha cabeça. Passando e repassando os fatos e memórias, como um filme sendo rebobinado.

Talvez eu nunca tenha comentado o quanto eu sempre achei ridículo casais exagerados, gente que nem se conhece direito e fica se declarando, todas essas coisas que a gente abomina antes de achar alguém que nos faça mudar de ideia. Mas aí a gente se achou. E eu espero que a gente continue se achando, porque por mais clichê que seja, você consegue manter a minha sanidade. Em tão pouco tempo, você se tornou um porto seguro.

Então essas palavras são todas suas. E olha que quem escreveu também é.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Teoria dos Nomes Iguais

we heart it
Já percebeu que de tempos em tempos aparece um nome em evidência? Teve uma época que todos os meninos que nasciam eram batizados de Gabriel. Depois foi Rafael. Matheus. Lucas. Miguel. João. Lorenzo.

E é nessa brincadeira que aparece a teoria dos nomes iguais. E cara, os nomes iguais são um verdadeiro pesadelo. Por exemplo, você conhece o Zé e se apaixona profundamente. Só que na sua faixa etária, tiveram uns duzentos meninos que receberam o mesmo nome. Certeza absoluta que você terá a grande sorte de se apaixonar por OUTRO Zé! E aí, minha querida, eu sinto muito. Querendo ou não, nós tendemos a ligar nomes e pessoas.

Se o Zé-01 foi aquele cara fofo, mas que acabou com você do nada e te deixou na pior, a chance de você achar, inconscientemente, que o Zé-02 será uma nova versão do Zé-01, é enorme.


Dito isto, apenas lhe digo: corra.
quarta-feira, 9 de abril de 2014

O não-adeus

we heart-it
Um dia, você simplesmente me deu um beijo, pegou seu casaco e saiu. E nunca mais voltou. Sua chave continua em cima da mesa. Suas roupas no armário. Seu cheiro ainda está em todos os cômodos. Cada canto desse apartamento é um pedaço seu. Uma fatia de lembranças.

Eu sabia que uma hora, você iria. Não pense que eu não vi os sinais. O afastamento. A falta de comunicação. Nós nos irritando cada vez mais frequentemente e por motivos cada vez menores. Eu percebi tudo, mas resolvi acreditar que eu estava sendo paranoica. Que nós tínhamos amor de mais pra você me largar.

Mas saiba que eu não te odeio por isso. Eu só queria ter tido a chance de saber exatamente o momento que você desapareceria. Talvez eu fosse gritar com você e pedir pra você ficar. Talvez eu quebrasse aquele porta retrato que você me deu quando nos conhecemos. Ou talvez eu simplesmente aceitasse que tinha chegado a hora, te dado um abraço e te agradecido por ter mudado tanto a minha vida. É nisso que eu não consigo parar de pensar. Em todas as palavras que eu ainda tenho pra te dizer, não pra te fazer voltar, só pra te mostrar que não foi em vão.


Mas você se foi e me deixou aqui sufocando com todos esses papéis ao meu redor. Com os meus pedaços espalhados pelo chão da sala, tentando achar um jeito pra consertar essa bagunça. Eu não espero que você volte, nunca esperei. Mas você podia, ao menos, ter levado as memórias ao sair.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A casca.

we heart it
Eu queria que você fosse embora. Simplesmente pegasse as suas coisas e saísse por essa porta sem olhar pra trás. Queria que você levasse as suas fotos que estão na minha estante e os seus livros que estão empilhados juntos com os meus no pé da minha cama. E se você não sumisse com essas coisas, eu queria ter coragem de fazer uma pilha, acender um fósforo e assistir enquanto tudo isso virava pó. Só pra eu poder visualizar a nossa relação virando pó também. Pra ver se assim eu conseguia assimilar o que estava acontecendo.

Eu não sabia por que, mas eu queria tanto que você fosse embora. Sonhava em ficar sozinha e pensar nas minhas viagens sempre adiadas pra esperar o dia em que você marcaria as suas férias, em assistir as minhas séries abandonadas porque você estava sempre reclamando que eu não te dava atenção suficiente, em sair com as minhas amigas que já tinham parado de me ligar porque você nunca estava disposto a ir pra um barzinho e aturar conversa de menina.

Eu queria o meu tempo de volta. Aquele que eu perdi aguentando o seu ceticismo e a sua falta de paciência, as suas briguinhas por eu não concordar com tudo o que você dizia, e as suas tentativas de me deixar com ciúmes falando sobre alguma amiga sua ou as festas super legais que te chamaram pra ir.
Eu queria o meu quarto de volta pra mim. Com as minhas coisas. As paredes pintadas de vermelho porque eu gosto, e não de cinza por ser uma cor neutra. Queria a outra metade do meu guarda roupa, com os meus cremes e as minhas bagunças. Eu me cansei do seu cheiro nos meus casacos, no meu travesseiro e grudado na minha pele.

Você estava em todos os lugares e, ao mesmo tempo, não estava em nenhum. Você era mais um corpo ocupando a minha casa. Uma casca. E quem precisa de uma casca?


Eu queria que você fosse embora. Queria mesmo. Queria, até o dia que você foi.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

525.600 minutos. 8.760 horas. 365 dias. 1 ano.

we heart it

O ano passou, dezembro chegou e já tá todo mundo pensando no que vai prometer pro ano novo. Aprendi a nunca fazer essas coisas, já que ninguém cumpre mesmo. Aprendi também que a cor da minha roupa não tem absolutamente nenhuma influência no meu futuro.

Aprendi que às vezes eu desejo tanto uma coisa que, quando posso ter, acabo me atrapalhando. Que às vezes as pessoas vão entender que eu errei, vão até me perdoar, mas nem sempre vão superar.

Viajei, conheci novos lugares, senti falta de algumas pessoas, mandei mensagens que não deveria mandar e não mandei mensagens que deveriam ter sido mandadas. Bebi por não poder voltar atrás no tempo, tive incontáveis ressacas. Fiquei em casa com preguiça de sair pra comprar uma garrafa de vinho quando deveria ter ido.

Aprendi que as melhores companhias podem vir de lugares e pessoas que eu nunca desconfiaria, e que isso é maravilhoso. Aprendi a dar valor nos amigos antigos, mas também percebi que às vezes, tudo que eu preciso, é de alguém que não saiba de todas as coisas que já pensei na minha vida.

Passei pelo último ano da faculdade, pelo TCC, os relatórios de estágio, as apresentações de seminários, as provas, os exames. Sobrevivi.

Pensei que acabaria o ano sabendo o que fazer com o resto da minha vida, mas se tem uma certeza que 2013 me trouxe é que ainda tenho muito a aprender.
sábado, 23 de novembro de 2013

This is the end of you and me.

we heart it

A gente se separou daquele jeito que todo mundo se separa. Naquele momento que parece do nada, mas que, parando pra pensar e observando os fatos, já era esperado. Nem teve briga, mas as ligações diminuíram, né? Eu bem que tentei me enganar pensando que você finalmente tinha entendido que eu não gosto muito de telefonemas, mas na verdade isso era mais uma dica do nosso tão previsível fim. E as mensagens? Quando meu celular parou de tocar insistentemente, eu jurei que era porque tínhamos alcançado aquele estágio que as pessoas sempre falam, de não precisar se comunicar o dia inteiro com o outro pra saber que ele está lá pensando em você.

Eu até acreditei nisso, sabia? Porque eu tava aqui, o tempo inteiro pensando em você. E você? Pensava em mim também? Eu sei que você deve tá pensando que eu nunca acredito no que você diz, mas se eu não acredito nem o que eu digo, como que eu posso acreditar nos outros?


Você saiu sem fazer barulho e por um tempo eu nem percebi que você tinha ido. Porque por mais que a sua ausência me incomode, a sua presença me doía.